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A importância do reaproveitamento de resíduos na construção civil

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Um dos maiores problemas atuais da nossa sociedade diz respeito ao descarte exacerbado de resíduos e a falta de medidas para rever esta situação. Isso acontece em diversos setores e causa um grande impacto ambiental que vem se alastrando ao longo dos anos.

Na construção civil, infelizmente não é diferente. O setor é um dos que mais geram riqueza e empregam no Brasil e dada a sua grandiosidade é também um dos que mais produzem resíduos para o meio ambiente. Por conta disso, se torna cada vez mais urgente entender também a importância do reaproveitamento de resíduos na construção civil.

Uma boa notícia é que é possível adotar práticas sustentáveis, com ações que visam alternativas para uma gestão de resíduos mais inteligente no setor. Com base nisso, é importante entendermos o cenário e as medidas que podem ser adotadas em busca de um reaproveitamento de resíduos na construção civil mais efetivo.

Panorama

Como já citamos, o setor da construção civil é grandioso e com isso gera alguns impactos. Para se ter uma ideia, quando se trata de produção de resíduos, segundo a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), estima-se que a construção civil produza algo em torno de 520kg de resíduos por habitante por dia.

Esse número se torna ainda maior quando visto como um todo, que representa cerca de 290,5 toneladas de entulhos gerados todos os dias no Brasil. E como se não bastasse o volume, apenas uma pequena parte dele é de fato reaproveitada com reciclagem, chegando a 21% apenas. Esses dados, entretanto, correspondem a grandes e pequenas obras.

Como você deve imaginar existem diversos tipos de resíduos provenientes de construções e demolições que são descartados muitas vezes de forma irresponsável. Quando isso ocorre, a qualidade de vida urbana sofre consequências negativas que vão desde a sobrecarga dos serviços municipais de limpeza pública até riscos à saúde.

Nesse aspecto os problemas mais comuns são:

  • Depósito irregulares em terrenos baldios;
  • Acúmulo em rios e encostas;
  • Acúmulo de água e, por consequência, isentos e bichos

Medidas

Desde as primeiras etapas do projeto é possível dedicar atenção especial a questão dos resíduos. Neste caso, o primeiro passo é o incentivar e conscientizar os colaboradores da obra para que todos os recursos sejam bem utilizados, causando o mínimo de desperdício. Com essa medida, consequentemente, evita-se o acúmulo de entulho.

Outra questão importante para se ter em mente desde o início é o encaminhamento dos resíduos para o reaproveitamento feito por empresas especializadas neste ramo. Somente elas podem determinar com garantia quais itens podem ser reutilizados com segurança ou não.

Além disso, o reaproveitamento deve sempre ser realizado forma racional, respeitando recomendações técnicas de órgãos fiscalizadores.

Com este planejamento em mente, você garante como resultado uma obra mais limpa, sustentável e econômica.

Reutilização e Reciclagem

Antes de avançarmos mais e falarmos sobre as possibilidades de reaproveitamento dos materiais da construção civil, é importante deixar claro que existe uma diferença entre reutilizar e reciclar materiais.

De acordo com o  Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio da resolução 307, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, esclarece as diferenças entre reutilização e reciclagem.

A reutilização ocorre quando não há transformação do resíduo. Já a reciclagem acontece quando há o processo de transformação do resíduo.

Classificação para reaproveitamento

A resolução 307 do CONAMA, citada acima, também traz uma classificação para o reaproveitamento dos materiais provenientes de obras e demolição que podem ser aproveitados para reutilização ou reciclagem. 

Os materiais são separados em classes que vão desde resíduos que podem ser reutilizáveis ou recicláveis e pertencem ao grupo A e B até os que não podem ser reaproveitados e são perigosos e ficam no grupo C e D, respectivamente.

Veja abaixo detalhes sobre cada uma das categorias:

  • Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

          a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

           b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e            concreto;

           c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

  • Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

            Plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso;

  • Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
  • Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como:

            tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas,             instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

Oportunidades

Sabendo, por meio da classificação do CONAMA, que existe uma lista de materiais que podem ganhar novo sentido para que não se torne um mero entulho. Por isso, é importante conhecer as alternativas sustentáveis que o mercado já oferece a partir do reaproveitamento de resíduos da construção civil:

  • Tijolos e telhas: produzidos a partir de solo-cimento e adição de resíduos de construção reciclados
  • Areia reciclada: produzida a partir do reaproveitamento de blocos de concreto;
  • Rachão: vem da reciclagem de concreto e outros derivados, podendo ser utilizado na terraplanagem e drenagem do solo.
  • Pedrisco: reaproveitamento de escombros, tijolos e restos de concreto.

Incentivos

Como você viu, o reaproveitamento de resíduos da construção civil ainda ser estimulado, já que apenas pouco mais de 21% entra no ciclo da reutilização.

Os ganhos ambientais, econômicos e sociais, vindos das ações de reaproveitamento são inegáveis e precisam ser cada vez mais estimulados pelos órgãos públicos e construtoras.  

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Gostou do que leu? Quer saber mais sobre alternativas sustentáveis, leia outras matérias do blog: 8 práticas sustentáveis para aplicar na construção civil.

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