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Descubra 4 vantagens do uso de BIM em licitações

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O uso de BIM em licitações de obras públicas oferece diversas vantagens para a participação da sua construtora. Mas que benefícios são esses? Pensando em deixar claro para você, preparamos este artigo!

Além de abordar sobre tais vantagens, falaremos também sobre os aspectos legais do uso do BIM em licitações. Boa leitura!

O que é a tecnologia BIM?

Como se dá o uso do BIM em licitações

BIM (Modelagem de Informação da Construção) é uma tecnologia que surgiu para revolucionar o setor, pois com o uso do BIM,  as informações do projeto são transmitidas para diferentes disciplinas e ainda é possível produzir um gêmeo digital na construção civil.

Como já falamos em outro artigo, gêmeo digital é quando a construção é reproduzida de forma fiel em uma plataforma digital. Por exemplo, o projeto de uma residência unifamiliar pode ser acessado diretamente por meio do seu modelo digital, assim como todas as informações que são relativas à construção.

Entre os aspectos que podem ser extraídos desse modelo digital, o mais conhecido é a representação 3D. Porém,  extrair apenas essa faceta da metodologia é fazer um aproveitamento limitado de tudo que é viável com o uso de BIM.

O BIM possui pelo menos 6 dimensões. Algumas mais e outras menos aplicadas atualmente:

·   Dimensão 2D, relativa à produção de plantas técnicas gráficas em duas dimensões;

·   Dimensão 3D, relativa à produção das perspectivas e modelo em três dimensões;

·   Dimensão 4D, referente aos processos de planejamento da construção;

·   Dimensão 5D, referente aos custos e orçamento;

·   Dimensão 6D, relativa à questão da sustentabilidade da obra;

·   Dimensão 7D, referente ao ciclo de vida da construção.

Além dessas dimensões clássicas do BIM, há também debates sobre inclusão de novas dimensões, como a dimensão 8D (relativa à segurança).

Como se dá o uso do BIM em licitações  

Esta metodologia é responsável por integrar e padronizar diferentes setores de projeto e obra. Portanto, é cada vez mais utilizado em obras de naturezas distintas, como setor público ou privado, simples ou complexas.

O uso oferece diversas vantagens e agora chegamos no ponto principal deste artigo!Falaremos sobre os principais benefícios do uso da tecnologia BIM em licitações.

1. Antecipação de Decisões

Grande parte dos erros cometidos em obras ocorrem a partir da falta de planejamento, com ações decididas em cima da hora. Algumas dessas decisões, de fato, precisam ser tomadas no calor do momento, pois obras possuem, naturalmente, caráter imprevisível.

Embora possam ocorrer imprevistos nos processos construtivos, é importante que os gestores tenham planos para dar uma resposta energética e adequada para eles. 

O planejamento atua nesse contexto para prever a ocorrência de obstáculos que podem acontecer na obra e dar uma resposta mais adequada a ela, evitando que essas ocorrências prejudiquem a qualidade da obra, o prazo para a sua entrega, além de outros aspectos igualmente importantes, como o orçamento.

A metodologia BIM torna esse planejamento ainda mais assertivo, pois cria de forma fidedigna, todos os processos para elaboração do planejamento da construção. Desse modo, potencializa as etapas e processos de planejamento já efetuados pela construtora, e os integra à todas as esferas do BIM. 

2. Melhora na produção de processos técnicos

O ato de construir envolve muito mais do que executar a fundação de uma edificação e levantar as paredes. Há também diversos processos técnicos ligados ao planejamento e gestão, como a produção do orçamento de obras e outros elementos como o cronograma, Relatório Diário de Obras, entre outros.

Esses documentos, especialmente o orçamento de obras, são fundamentais para que a empresa consiga vencer um processo de licitação de obras públicas. A competência da construtora é uma exigência nos processos de licitação e a capacidade da empresa em assumir a construção é averiguada.

Desse modo, os orçamentos são analisados de forma realista. A construtora deve apresentar um documento que esteja dentro dos padrões e com valores de mercado competitivos. Portanto, deve se basear em tabelas de composição de preço, como a Tabela SINAPI.

Essa melhora na produção dos processos técnicos leva a empresa a ter maior precisão na produção dos documentos. Há uma redução na margem de erro e aumentando as chances de vencer um processo de licitação, pois o critério de menor preço é um dos mais importantes em licitação de obras públicas.

3. Assertividade na extração de dados

Quem trabalha com planejamento e gerenciamento de obra, aspectos fundamentais em obras públicas, deve ter acesso a dados corretos para aplicação nos processos da obra. Além da agilidade, o BIM consegue dar uma assertividade muito maior para extração de dados relativos à construção.

A extração de informações é facilitada pela própria metodologia BIM. Isso ocorre pois ela permite a criação de um modelo digital e, a partir disso, os gestores conseguem extrair qualquer informação construtiva do modelo.

Por exemplo, se surgir uma dúvida sobre a quantidade de porcelanatos previstos para o revestimento da área externa. Com o modelo digital, a informação é rapidamente extraída com agilidade e precisão.

4. Identificação de gargalos entre as fases da obra

Um dos maiores problemas da construção civil está na falta de integração entre as diferentes fases da obra. Dessa forma, é importante investir em instrumentos que identifiquem esses gargalos para que eles possam ser solucionados. E a metodologia BIM é um dos principais caminhos para isso. 

Dando um exemplo prático, um problema recorrente é a falta de compatibilidade entre o projeto estrutural e o projeto hidráulico. Essa falha ocorre principalmente pois os projetos costumam ser feitos de forma separada, e reunidos apenas depois no final do processo.

Com isso, um dos projetos precisa ser ajustado e refeito, o que gera atraso na entrega dos projetos e, consequentemente, da obra. Com o uso de BIM, projetos de diferentes naturezas são elaborados de forma simultânea no modelo federado, reduzindo as incongruências dos sistemas construtivos, agilizando a identificação de erros para ajustes mais rápidos e precisos.

Aspectos legais ligados ao uso do BIM em licitações

É importante observar os aspectos legais referentes ao uso do BIM em licitações. Boa parte deles fazem parte das diretrizes da Estratégia BIM BR, que promove a introdução do BIM em licitações, de forma sugerida ou obrigatória, em negócios da construção civil.

Além do planejamento via criação de diretrizes a partir deste plano, há também outros pontos importantes.

A Nova Lei de Licitações (Lei n° 14.133/2021), no Art. 19 há a informação que os projetos devem ser entregues, preferencialmente, em BIM..

Já o Decreto Bim (Decreto 10.306/2020) estabeleceu a obrigatoriedade do uso da metodologia BIM para a execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharias em órgãos e entidades ligadas à administração pública federal.

Ou seja, não há para onde correr. O BIM não representa o futuro da construção civil, pois já é o presente. E para não perder oportunidades em licitações públicas, é necessário introduzir os conceitos e ferramentas que trabalham dentro da metodologia  a fim de obter resultados mais proveitosos e não ser desclassificado em processos de licitação.

Além do BIM, é importante utilizar tecnologias que potencializam os processos construtivos, como os softwares de gestão e orçamento de obras. Uma dessas soluções, foi desenvolvida especialmente para obras brasileiras de todos os tipos e tamanhos. Além de contar com as principais bases de preços de composição atualizadas automaticamente,  o OrçaFascio conta com módulos que integram o orçamento de obras ao projeto arquitetônico, a partir do uso de BIM, por meio do plugin OrçaBIM. Quer saber mais sobre a metodologia BIM? Então conheça a trilha do conhecimento OrçaBIM e saiba mais sobre como aplicar essa metodologia disruptiva em sua construtora!

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