Orçamento de insumos: como calcular os gastos na construção civil

Orçamento de insumo é o processo de estipular os gastos com elementos necessários para um determinado objetivo. Na construção civil, esse processo avalia os custos da matéria-prima, horas de trabalho, equipamentos, sistemas, entre outros.

Existem diferenças básicas (para facilitar o entendimento) entre o orçamento de insumos entre diferentes áreas da economia. Dessa forma, é importante conhecer as particularidades referentes à Indústria da Construção Civil a fim de obter um resultado mais preciso e com uma margem de erro menor.

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Como são formados os preços dos insumos

Quando se fala em insumos, muitos profissionais associam a palavra à matéria-prima. Mas a conceituação de insumo vai muito além disso. Consiste em qualquer tipo de material ou elemento utilizado na prestação de um determinado serviço ou produção de um objeto.

Na construção civil, portanto, os insumos são referentes aos serviços e materiais necessários para execução de uma obra. Dessa forma, mão de obra, areia, cimento, revestimento, água, entre outros, são alguns dos elementos considerados insumos da construção civil.

Em uma economia de mercado, esses preços são formados a partir de diversos fatores. Um dos mais importantes é o fator de oferta e demanda.

Este conceito básico da economia indica que demanda e oferta influenciam diretamente o preço do produto. O preço, portanto, é resultado do ponto de interseção entre essas duas variáveis.

Um produto com alta demanda, mas pouca oferta, tem preço bastante elevado. Já um produto com baixa demanda e muita oferta, apresenta preço menor.

Para o primeiro exemplo, poderíamos citar o ouro e para o segundo, feno. Além desse conceito, outros conceitos interferem no preço dos insumos na construção em determinado local, como elasticidade-preço, vantagens comparativas, etc.

Quando tratamos de forma prática, devemos considerar também outros fatores, como a taxação sobre serviços e produtos, que elevam o preço. É importante também considerar a produtividade da mão de obra a fim de obter resultados mais expressivos.

Sazonalidade na oferta de materiais, cotação do dólar, inflação do setor da construção civil também é importante para avaliar compreender como estes preços são formados.

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Como realizar o levantamento dos preços 

Os preços dos insumos da construção civil não são estáticos. Eles sofrem variações de acordo com diversas variáveis econômicas existentes, como é o caso da oferta e demanda do produto, aumento da tributação sobre determinado serviço ou matéria-prima ou mesmo pela inflação.

Segundo o Banco Central do Brasil, a inflação é o aumento do preço de bens e serviços. Assim, a moeda perde poder de comprar — a mesma quantidade de dinheiro é capaz de comprar menos produtos.

Para saber qual o tamanho da inflação em um determinado período de tempo, há o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), gerido pela FGV que pesquisa o preço dos insumos da construção civil de maneira periódica a fim de orientar o setor e planejar melhor a economia.

Outro índice para considerar é a Tabela SINAPI, gerida pela Caixa Econômica Federal. Esse índice que indica os preços da construção civil  é obrigatório para obras públicas. É atualizado periodicamente a fim de dar para as empresas o subsídio necessário para processos de orçamento de obras.

Fazer isso é importante para impedir que as construtoras e incorporadoras produzam orçamentos mais baixos do que o preço real da obra, levando a empresa a ter prejuízos.

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O que avaliar durante o cálculo de insumos

Durante a fase do cálculo dos insumos na construção civil, é importante levar em consideração as tabelas da composição de preço na construção civil. Essas tabelas, já citadas anteriormente, são as responsáveis por nortear todo o processo de orçamentação, conferindo agilidade ao processo, segurança e, principalmente, legalidade.

Isso não significa que as construtoras e demais empresas da construção civil não tenham autonomia para fazer seus próprios levantamentos sobre preço dos insumos. Pelo contrário, a gestão de fornecedores e de gestão de compra é uma etapa fundamental para qualquer construtora profissional.

Todavia, o uso dessas tabelas de composição de preço serve para dar agilidade ao processo e para criação de um orçamento de insumo seguro para obra. Além disso, o uso de algumas delas é exigência obrigatório, dependendo do caráter da construção a ser realizada.

O uso da tabela SINAPI para composição de preços na construção civil se tornou obrigatório no ano de 2013, por meio do decreto N° 7.983 de 08 de abril de 2013. As empresas podem usar outras tabelas, desde que seja provado que elas não apresentam um orçamento superior ao da Tabela SINAPI.

Outros itens mais particulares devem ser analisados de forma objetiva pela construtora, levando em consideração as especificidades de cada nicho e cada região em que a construtora atua.

Por exemplo, uma empresa do Amapá especializada em pavimentação deve utilizar processos diferentes de uma empresa de São Paulo focada em construção de moradia.

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Como estruturar o orçamento de insumos

Entre os principais pontos que o orçamento de insumos precisa levantar, destacam-se:

·   Utilizar tabelas de composição de preços unitários e tabela de fornecedores;

·   Cotar custos diretos e indiretos;

·   Considerar impostos e taxas;

·   Calcular a curva ABC;

·   Fazer cálculo do BDI.

As tabelas de composição de custos unitários são documentos que apresentam todos os insumos que entram diretamente na execução de uma unidade do serviço, com seus coeficientes de utilização e custo unitário de cada serviço. A mais utilizada tabela de composição de preço é a SINAPI.

Outro ponto importante está em considerar os custos diretos e indiretos. Os custos diretos são aqueles mais fáceis de serem analisados, pois apresentam ligação direta com a obra: compra de tijolo cerâmico, revestimento, cimento, etc.

Por outro lado, os custos indiretos, apesar de serem importantes para a execução da obra, não apresentam ligação direta com o empreendimento. Exemplo: taxas.

Impostos e taxas são custos que interferem de forma significativa na composição do orçamento. Portanto, é importante não os esquecer, tanto para gerar um orçamento mais preciso, quanto para tornar viável legalmente a construção da obra.

A curva ABC é uma ferramenta gerencial. Elenca os itens conforme importância ou impacto no negócio. A importância nessa ferramenta é determinada pela quantidade utilizada e o valor aplicado.

Já o BDI é a sigla para Benefícios e Despesas Indiretas. Com o uso dessa ferramenta, é possível estabelecer um preço coerente, sem deixar de levar em consideração os custos indiretos.

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Como simplificar o processo do orçamento de insumos para construção civil

Como você pode perceber, elaborar um orçamento de insumos para construção civil demanda uma série de passos e aplicação de técnicas, tais como a curva ABC e o cálculo de BDI, além da aplicação da atualização das tabelas de composição do custo unitário.

Caso o engenheiro orçamentista decida por fazer o processo de forma manual, o tempo despendido para essa atividade será enorme, o que tornará o seu trabalho bastante improdutivo. Além disso, terá que realizar processos extensos e complexos de forma manual, facilitando a ocorrência de erro humano.

Para facilitar o seu trabalho, é ideal que o profissional conte com ferramentas para otimizar a execução do orçamento de insumos, como o uso de softwares de orçamento e gestão.

E quando falamos em orçamento e gerenciamento de obras, precisamos citar o OrçaFascio! Esse software apresenta todas as ferramentas descritas no artigo, como Cálculo BDI e formação da Curva ABC. E tudo isso de forma automática e otimizada, graças ao uso de inteligência artificial.

Isso sem falar das outras vantagens, como módulo para gestão de fornecedores e integração à tecnologia BIM, etc.

Sendo assim, o orçamento de insumos na construção civil deve ser encarado como assunto prioritário para quem atua em orçamentação de obra. Com OrçaFascio, o processo é otimizado pelo uso de inteligência artificial que aprende a cada comando e pela automatização de preenchimentos e processos. Quer melhorar o seu orçamento de obras e ganhar tempo para ter mais projetos? Então faça um teste grátis do OrçaFascio!