Publicado por
Hiago Branco
01
de
January
de
2021
Para montar um bom orçamento de obra, é importante estar atento a uma série de fatores e detalhes. Um dos elementos que precisa estar alinhado para construir um orçamento preciso são os índices da construção civil. Isto é, estar atento quanto à atualização de preços na sua base de consulta.
Para destacar a importância dos índices da construção civil e do cuidado de ficar atento à atualização das tabelas de composição de preços para orçamentos de obras públicas e privadas, fizemos este breve artigo. Falaremos sobre os principais índices utilizados na base de consulta e, posteriormente, a importância de estar atento sobre os valores contido em cada um deles. Confira!
Os principais índices da construção civil são: IBRE/FGV, FIPE, TCPO, SINAPI e CUB/m². Cada um deles traz dados importantes para o setor, como você poderá compreender agora.
O instituto Brasileiro de Economia (Ibre) atua ligado à Fundação Getúlio Vargas — FGV. Desde a sua fundação, esta é uma instituição de muita credibilidade, responsável pela divulgação de diversos indicadores econômicos fundamentais, como o IPCA, responsável por realizar uma estimativa da inflamação.
Todo mês a FGV realiza uma pesquisa conhecida como Sondagem da Construção. Alguns dos principais índices da construção civil que você precisa observar são: INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), IGP-m (Índice Geral de Preços (mensal), Índice Geral do Mercado Imobiliário Comercial (IGML-C) e ICST (Índice da Confiança da Construção).
A tabela Fipe é conhecida por ser um parâmetro para o preço de venda de automóveis. Todavia, a Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (FIPE) produz também outros índices importantes. Entre eles alguns relacionados à construção e mercado imobiliário. Estes são alguns deles.
Estes índices da construção civil são publicados de forma oficial, por meio do Diário Oficial do Estado de São Paulo para utilização no reajuste de contrato de obras públicas, no âmbito da administração do Governo do Estado de São Paulo.
A base de dados TCPO (Tabela de Composições e Preços para Orçamentos) é atualizada pela PINI, e é uma tabela utilizada com muita referência para engenharia de custos em todo o país.
A tabela existe há mais de 60 anos, quando acumulava 100 serviços de construção, publicados de forma anterior pela revista “A Construção”, em São Paulo. Atualmente, como com mais de 8.500 composições de serviços, preços de referência e outras informações que podem ser utilizados por diferentes profissionais da construção civil.
Entre os profissionais, destacamos desde engenheiros e arquitetos, até construtores, orçamentistas, empreiteiros e outros profissionais da construção civil. Entre os índices da TCPO, destacamos:
O SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) é um dos índices mais importantes para levar em consideração na composição do orçamento e custos da construção civil, foi criado em 1969 e tem como objetivo produzir informações sobre custos e índices da construção.
Apresenta abrangência nacional e visa a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos. Este índice é coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Caixa Econômica Federal.
Todo mês, estas instituições liberam e atualizam índices da construção civil a partir do levantamento de preços de materiais e salários pagos na construção civil, levando como referência o setor habitação. A partir de 1997, ocorreu uma ampliação no sistema, que passou a abranger o setor de infraestrutura e saneamento.
A principal função dos indicadores da SINAPI é servir como orientadores para composição de custos unitários e orçamentos de obras públicas em geral.
O CUB é o custo unitário por m². Este índice teve origem por meio da Lei Federal 4.591 de 16 de fevereiro de 1964. A norma técnica atual da ABNT determina que o CUB deva ser considerado como custo por metro quadrado da construção do projeto-padrão e servir de base para avaliação de parte dos custos da construção civil.
Isto é, o CUB representa o custo parcial da obra e, portanto, não leva em conta custos adicionais, que podem ser calculados por meio de outros indicados, como o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas).
A principal funcionalidade deste índice é servir de parâmetro para a determinação dos custos dos imóveis. Em função da confiabilidade do referido indicador, alcançado ao longo das mais de 4 décadas de existência, a utilização do índice tem sido aplicada também em indicadores macroeconômicos dos custos da construção civil.
O CUB é publicado de forma mensal e sua evolução demonstra a evolução dos custos na construção civil. Muitas empresas relacionadas à construção civil, como construtoras, incorporadoras, escritórios de engenharia e arquitetura utilizam o CUB para calcular o valor que cobrarão pelos seus serviços.
Estes são os principais índices da construção civil, mas existem muitos outros. A utilização destes para a formação do orçamento não é obrigatória, mas é importante para guiar e estabelecer um norte. E tão importante quanto utilizar essas tabelas de consulta está a utilização das tabelas atualizadas.
Conforme adiantamos, os índices da construção civil consistem em um norte para a elaboração do orçamento, e devem estar inseridos na tabela de consulta. Contudo, não são os únicos elementos a serem considerados. Outros fatores, como a lista de materiais e fornecedores para cada projeto devem ser considerados (e atualizados).
A atualização dos valores reduz a margem de erro durante a confecção do orçamento de obras, visto que valores desatualizados levam a resultados desatualizados. Assim, o erro geralmente é colocado para baixo, pois por conta do fator inflação, a tendência é de subida dos preços, e não de queda.
Dessa maneira, com valores desatualizados, a tendência é que se tenha uma surpresa negativa durante a execução da obra e uma discrepância acima do aceitável entre o valor orçado e o valor real do custo de obra.
Vale destacar que todos os índices e tabelas de consulta são importantes, assim como as suas atualizações. Mas não são os únicos elementos que devem ser levados em consideração durante a execução de um orçamento, especialmente a nível profissional para médias e grandes empresas.
É importante levar outros fatores em consideração, como o uso de metodologias adequadas, e, principalmente, de tecnologia (ferramentas e instrumentos) que tornam o orçamento de obras mais precisos.
Uma das principais ferramentas são os softwares de orçamento, como o OrçaFascio, responsáveis por automatizar grande parte do processo de execução do orçamento, o que torna o processo mais ágil, mais fácil e mais efetivo. Além disso, o sistema conta com Módulo Bases Adicionais, com mais de 85 mil composições de 19 bases atualizadas todos os meses.
Essa grande variedade de bases dá a oportunidade de orçamentistas elaborarem orçamentos para qualquer estado do Brasil.
Sendo assim, a atualização de preços na sua base de consulta e os índices da construção civil são fundamentais para se ter um orçamento mais preciso, o que contribui para evitar erros durante o processo de produção do orçamento de obras. A junção desses fatores inegavelmente melhora todos os outros setores da construção.
Aproveite e saiba também quais são os erros mais comuns na elaboração do orçamento de obras que você precisa evitar.
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