Orçamento na construção civil: 10 Dicas para não errar

O orçamento de obra é fundamental na indústria da construção civil, pois assegura a viabilidade financeira e o sucesso de uma construção.

Um orçamento bem elaborado permite um planejamento adequado dos recursos e evita desperdícios e imprevistos financeiros. Ele é essencial para a tomada de decisões estratégicas, garantindo que todas as etapas da construção sejam concluídas dentro do prazo e do custo previsto.

Além disso, um orçamento preciso aumenta a credibilidade da empresa diante de clientes e investidores, promovendo a sustentabilidade e o crescimento no competitivo mercado da construção.

Elaboramos este artigo para oferecer dicas sobre como evitar falhas no orçamento de obra. Por aqui, abordaremos o conceito e a relevância do orçamento e apresentaremos as principais estratégias para garantir a eficácia financeira dos projetos de construção. Acompanhe.

O que é orçamento na construção civil e qual a sua importância?

O orçamento é o documento que detalha os recursos necessários para a conclusão de uma obra, considerando tanto o custo dos materiais quanto a mão de obra necessária.

Esse documento inclui uma série de cálculos baseados em diversos índices e tabelas de composição de preços. para obter um resultado preciso e praticável.

A importância do orçamento na construção civil está em assegurar que a construção seja viável economicamente. Isto é, seja lucrativa para a empresa e apresente um preço que compense para o cliente.

Em caso de obras públicas, essa relação custo-benefício é ainda mais importante, pois há um compromisso social em apresentar obras no melhor interesse público, pois o fiador da obra é toda a sociedade e os benefícios da construção é para todos.

Portanto, a elaboração de um bom orçamento na construção civil é imprescindível, já que lidamos com recursos limitados. Listaremos a seguir dicas essenciais para evitar erros na orçamentação de obras:

• Definição do projeto da obra;
• Levantamento de preços e custos de mão de obra;
• Não confundir estimativa com orçamento;
• Tabelas de composição de preços adequadas
• Cálculo dos custos diretos e indiretos;
• Ajustes em orçamentos padronizados;
• Margens de contigência;
• Gestão financeira rigorosa;
• Compreensão da relação entre prazos e orçamento;
• Uso de software especializado em orçamentos paran construção civil.

10 dicas para não errar o orçamento

A elaboração de um orçamento preciso e bem estruturado é crucial para o bom andamento de qualquer empreendimento na construção civil. Ao considerar aspectos como materiais, mão de obra, prazos e contingências, é possível garantir não apenas a eficiência financeira, mas também a qualidade e a pontualidade na conclusão da obra. Essas práticas são fundamentais para evitar imprevistos, minimizar riscos e assegurar a satisfação do cliente.

Evite atrasos, custos extras e dores de cabeça seguindo nossas 10 dicas infalíveis para orçamentos de obra de sucesso:

1. Definição do projeto da obra

Antes da execução da obra, é essencial que seu projeto executivo seja muito bem definido. Essa definição é bastante ampla e diz respeito a todos os aspectos que irão compor a futura obra: usos, equipamentos utilizados, materiais e as soluções encontradas por engenheiros e arquitetos para a obra.

Dessa forma, é importante que a fase de projeto esteja bem amarrada, a fim de assegurar que essa etapa seja entregue de forma eficiente. Além disso, é fundamental a integração entre diferentes equipes que compõem a elaboração do projeto, seja a de arquitetura, a estrutural e de projetos complementares.

2. Levantamento de preços e custos de mão de obra

Um orçamento eficiente na construção civil demanda uma pesquisa criteriosa de preços e de mão de obra. Isso significa que ele deve incluir índices atualizados e abrangentes para a análise dos valores de materiais, equipamentos e diferentes profissionais necessários

Além disso, é importante destacar que essa pesquisa deve indicar quais são os tipos específicos de mão de obra disponíveis. Afinal, nem todos os serviços podem ser realizados em um mesmo local, especialmente quando se trata de tarefas mais complexas e especializadas.

Portanto, ao realizar um bom orçamento, é fundamental considerar não apenas os custos dos materiais e equipamentos, mas também identificar e avaliar a gestão de mão de obra, assim como identificar possíveis desafios logísticos, para garantir uma estimativa mais precisa e realista dos custos envolvidos na execução da obra.

3. Não confundir estimativa com orçamento

É imprescindível contar com uma base de preço orçamentária atualizada ao elaborar um orçamento de obra, pois isso garante a precisão e a confiabilidade dos custos envolvidos.

A atualização dos valores permite uma representação mais fiel do cenário econômico e das flutuações de mercado, prevenindo surpresas desagradáveis ao longo da execução do projeto. Além disso, o uso de dados atualizados facilita uma gestão mais eficiente dos custos, permitindo a identificação de oportunidades de economia e a otimização dos investimentos ao longo de todo o ciclo da obra.

Quando se trata de estimativa e orçamento de obras, é comum haver confusão entre os termos. No entanto, é crucial entender que a estimativa se refere a uma previsão, um valor possível do investimento necessário para a obra em questão, enquanto o orçamento representa de fato o valor que será investido na construção do edifício, seja ele residencial ou comercial. Ou seja, "estimativa" e "orçamento" possuem significados distintos, e é fundamental compreender a diferença entre esses termos para uma gestão eficiente e precisa dos recursos em um projeto de construção. Saiba mais sobre essa diferença neste artigo.

4. Tabelas de composição de preços adequadas

As tabelas de composição de preços desempenham um papel fundamental para os profissionais responsáveis pelos orçamentos na construção civil, sejam técnicos ou orçamentistas.

Elas servem como guias essenciais no processo de orçamentação de obras, uma vez que seria extremamente desafiador, senão impossível, acompanhar todas as variações de preços de materiais e mão de obra individualmente.

Entre as tabelas mais utilizadas e indispensáveis, destacam-se a Tabela SINAPI, sob gestão da Caixa Econômica Federal , e a Tabela SICRO, sob responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Essas tabelas oferecem informações precisas e atualizadas sobre os custos de insumos e serviços, permitindo uma estimativa mais confiável e eficiente dos gastos em projetos de construção civil.

5. Cálculo dos custos diretos e indiretos

Na hora de calcular os custos de uma obra, é importante entender a diferença entre custos diretos e indiretos. Os custos diretos são aqueles que conseguimos identificar mais facilmente, pois estão diretamente ligados aos serviços que impactam diretamente a obra. Por exemplo, a compra de materiais de construção, o pagamento de mão de obra específica para a obra, aluguel de equipamentos necessários, entre outros.

Já os custos indiretos são um pouco mais complexos de serem contabilizados, pois não estão diretamente ligados à construção em si, mas são essenciais para que ela aconteça. Um exemplo são os impostos, como o IPTU, que precisam ser pagos mesmo antes da obra começar. Também entram nessa categoria os custos com recursos humanos (RH), como os salários dos funcionários da empresa que trabalham no escritório, os benefícios que são oferecidos a eles, entre outros.

Portanto, ao fazer um orçamento para uma obra, é necessário considerar tanto os custos diretos, que são mais visíveis, quanto os custos indiretos, que muitas vezes são esquecidos mas podem impactar significativamente o planejamento financeiro do projeto, ou seja, faça o cálculo do BDI.

O BDI é calculado como um percentual aplicado sobre o custo direto total da obra, representando a margem de lucro do empreendimento e cobrindo os custos indiretos. Ele varia de acordo com o tipo de obra, localização, complexidade, prazo de execução e outros fatores específicos de cada projeto. O correto cálculo do BDI é fundamental para garantir a viabilidade financeira da obra e a correta precificação dos serviços prestados.

6. Ajustes em orçamentos padronizados

É natural buscar a padronização no orçamento da construção civil, algo que muitas empresas e profissionais já reconhecem. Isso envolve a repetição de fórmulas e custos, seja através de planilhas específicas para orçamento de obras ou até mesmo o uso de softwares especializados para a elaboração de orçamentos em diferentes tipos de serviços.

No entanto, é crucial ter cuidado com essa padronização, pois cada projeto tem suas particularidades que precisam ser levadas em conta. Por isso, a melhor abordagem é utilizar um sistema que seja padrão, mas também ajustável. Ou seja, um sistema que permita a inclusão das variáveis únicas presentes em cada projeto e obra de engenharia, garantindo assim a precisão e adequação do orçamento às necessidades específicas de cada empreendimento.

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7.  Margens de contigência

É bastante comum enfrentar problemas em obras, não importa o tamanho do projeto. O que realmente faz diferença é como os profissionais lidam com essas situações desafiadoras. Por isso, é essencial que o planejamento da construção leve em consideração possíveis imprevistos e saiba se antecipar a eles.

No que diz respeito ao orçamento de obras, também é fundamental estar preparado para lidar com essas adversidades. Isso significa encontrar alternativas para que o preço final da obra não ultrapasse muito o valor inicialmente planejado. Uma prática importante nesse sentido é ter uma margem de contingência para imprevistos e variações de mercado.

Além disso, é preciso adotar estratégias que ajudem a otimizar os custos sem comprometer a qualidade do trabalho. Isso pode incluir a busca por fornecedores mais competitivos, o uso eficiente dos recursos disponíveis e a adoção de tecnologias que agilizem e aprimorem o processo construtivo.

Em resumo, estar preparado para enfrentar imprevistos é essencial para o sucesso de uma obra. Isso requer um planejamento sólido, uma margem de contingência bem calculada e práticas de gestão que visem ao equilíbrio entre custo, prazo e qualidade construtiva.

8. Compreensão da relação entre prazos e orçamento

É fundamental compreender a relação entre prazos e orçamento em uma obra. Um cronograma bem estruturado para a conclusão do projeto é de extrema importância, pois quanto mais tempo a obra se estender, maior tende a ser o custo, principalmente em relação à mão de obra e aos custos indiretos.

Portanto, é fundamental estabelecer um cronograma  realista e coerente para o término da obra, de modo a não comprometer o orçamento inicialmente planejado. Isso requer um planejamento detalhado desde o início do projeto, um acompanhamento constante ao longo da execução e a capacidade de lidar eficientemente com imprevistos que possam surgir.

Além disso, é essencial ter em mente que um cronograma bem definido não apenas evita custos adicionais, mas também contribui para o sucesso global do projeto, assegurando sua viabilidade financeira e o cumprimento dos objetivos estabelecidos. Portanto, é imprescindível adotar práticas de gestão eficientes para garantir o equilíbrio entre prazo, custo e qualidade na realização da obra.

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9. Gestão financeira rigorosa

Após fazer o orçamento, não podemos simplesmente relaxar. É essencial acompanhar de perto os gastos durante a execução da obra. Isso significa tomar medidas para controlar os custos, garantindo que o orçamento não ultrapasse o planejado inicialmente.

Essa gestão financeira eficiente envolve várias etapas e estratégias para manter o equilíbrio financeiro do projeto e evitar surpresas desagradáveis ao longo do caminho. Veja algumas:

> Monitoramento constante: Mantenha um acompanhamento regular dos gastos, verificando se estão dentro do planejado e identificando possíveis desvios.

> Registro detalhado: Mantenha um registro detalhado de todos os gastos, incluindo notas fiscais, recibos e contratos, para ter uma visão clara das despesas.

> Análise de variações: Analise as variações entre o orçamento inicial e os custos reais, identificando as causas e tomando ações corretivas, se necessário.

> Revisão periódica: Faça revisões periódicas do orçamento e ajuste-o conforme necessário, levando em conta as mudanças no projeto ou no mercado.

> Planejamento de contingências: Esteja preparado para imprevistos, reservando uma parte do orçamento para contingências e emergências.

Essas e outras iniciativas podem ajudar a garantir uma gestão financeira eficiente e a manter o orçamento da obra sob controle.

10. Uso de software especializado em orçamentos para a construção civil

Softwares de orçamento de obras são ferramentas essenciais para profissionais da construção civil, pois trazem precisão nos cálculos e automação de processos. Isso reduz significativamente a probabilidade de erros humanos e diminui a carga de trabalho dos responsáveis pelo orçamento, economizando horas de trabalho e aumentando a captação de contratos, além de viabilizar a participação segura em concorrências e licitações de obras públicas.

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Em poucos cliques, o orçamentista acessa oscálculos de custos diretos e do BDI e emite relatórios para controlá-los, acessando a Curva ABC e cronograma físico-financeiro. Além de poder entregar orçamentos na metodologia BIM através do plugin OrçaBIM para Revit ou Civil 3D se integrado ao software OrçaFascio.

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